01/04/2006

Quando vi ele, nem perdi tempo e já emendei um murro na cara. Não pude ver seu rosto, vivo de sombra apenas, vestindo aquele paletó cinza. Não vi o rosto, mas senti os olhos em mim. Ele caiu no chão com o soco, fui ver de perto e levei um chute no saco escrotal. Senti a agonia me torcendo em decúbito doral numa poça da mais pérfida água, quando abri os olhos senti a força da sola do sapato dele na minha cara. uma, duas, três vezes. Meu rosto, forma disforma forjada no afago da fogalha, sangrando, jorrando vermelho, caiu ao lado. Silencio. Finjo de cachorro morto. Ele não perde por esperar. Seguro o pé dele, e subo, levanto. O baque da sua nuca no chão é violento. Não hesito, fúria feroz fere ferro a soco a cara dele, até doer o punho no duro do dente danificado, sangue meu misturado ao sangue dele. Ergo sua cabeça com os meus punhos. Fito seus olhos, seu rosto vermelho. Vejo o meu rosto vermelho. O meu paletó cinza. Acabo de matar a mim mesmo.
Ele des-acorda. Eu des-espero.

6 comentários:

Anônimo disse...

não a aquele que conheci pois este esta no passado mas a aquele que ainda permanece escrevo... escrevo que espero que nao sejas tao distante qnto es agora e nem tao perto qnto jah fostes... espero que eu ainda seja uma lembrança boa, como a tua eh cara a mim...
espero que esteja bem... e eh soh...

L.T. disse...

eu acho que o dênis contra o dênis não vai dar certo.
esse negócio de brigar consigo mesmo...
melhor brigar com os outros.

iuri disse...

viu! até tu tem vontade de te bater!

legal, arrumei mais um jeito de te encher o saco.


ainda tenho que ler mais de ti pra expor uma opinião, mas a princípio achei mto tri. tem um ritmo legal esse ae.

falou cara. Iuri

Anônimo disse...

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Um abraço amigo da Daniela

Anônimo disse...

olá meu caro,
concordo contigo no post do dia 20/02. muito bem posto

Anônimo disse...

Cara, concordo totalmente com o teu texto de 13/02/06 (sobre as "baladas"). Também tenho pavor desse troço, exatamente pelos mesmos motivos citados no teu post.

Abraços