13/02/2006

eu sei q todo mundo vai discordar de mim...

Eu normalmente não assisto TV, embora até goste. Falta tempo mesmo. Porém existe um certo número limitados de programas que aparecem na minha frente quando ligo tão imprevisível aparelho (eles me perseguem). Um deles é aquele da MTV onde procura-se namorados (aquele da apresentadora com boca enorme e suculenta), e onde os jovens brasileiros circunscrevem a própria estupidez.

O que me leva ao estupor é que sempre quando pergunta-se a principal qualidade do pretendente a namorado, a resposta normalmente é: "ele é baladeiro!" É impossível não fazer cara de nojo diante disso. Primeiro lugar vem a minha natural aversão a expressão "balada" (que, por sinal, recorda-me o Antonio Banderas fazendo uma chacina). Céus, eu não possuo a principal qualidade dos jovens brasileiros, subestimo e desprezo totalmente a tal de "balada" (ainda bem que sou nerd e anti social).
Tem aqueles que ainda falam da tal de "dança", porém, convenhamos, o negócio ali é trocar cuspe. No entanto, dificilmente poderia-se usufruir de maneira satisfatória de uma mulher numa "balada". As principais utilidades femininas (além de lavar a roupa e cozinhar, é claro) é a conversação e o sexo. Eu não creio que existam grandes chances de fazer uma dessas coisas numa "balada". Não dá pra conversar com aquele barulho, com pessoas estranhas além do mais. E nem pra trepar com uma desconhecida que surge numa balada meia bebada e vestida de maneira estranha e sensual. Eu não me sentiria bem, ao menos.
Nem mesmo um beijo de língua e uns amassos num lugar barulhento, estranho e cheio de gente em volta podem superar uma ida ao motel com alguma garota que vc sabe o nome, consegue conversar e divertir-se, e ainda possui um mínimo de intimidade. Irão apunhalar-me de insano, nerd e grosseiro, mas é a minha sincera opinião. Talvez a mesma seja fruto da minha total incapacidade de "pegar algo que preste" numa "balada". Apenas não me contento como a maioria dos fracassados que "pegam qualquer coisa" apenas para não passar a noite em branco.

Eis aí a função social da "balada": inflar o Ego dos seus participantes. Qualquer mané consegue "agarrar" uma meia dúzia numa noite, fazendo com que ele consiga vangloriar-se com tal feito (no entanto, eles acabam ficando sozinhos no final da noite... se soubessem o quanto é bom possuir o corpo e a alma de uma mulher, fazendo ela derreter-se ao balança de uma simples lembrança). As garotas, por sua vez, mesmo que sejam do tipo totalmente invisível e transparente na vida real, numa "balada" tornam-se musas disputadas a tapa por um bando de bêbados na seca.

Eu ainda prefiro festinhas onde amigos encontram-se para beber, conversar, dançar, assistir algum show talvez. No entanto, o termo "balada" geralmente acaba designando a procura de alguém do sexo oposto para uma eventual troca de cuspe. Defendo a comunicação e o sexo contra a plastificação dos relacionamentos (as mentes e os corpos precisam relacionar-se, conhecer, sentir, estremecer).

Em busca da intimidade perdida...