24/02/2007

sabe eu vou mudar essa droga. Ninguém lê mesmo, e nem culpo porque eu só posso postar de vez em nunca... Porém do jeito que sou anti social até me espantou a quantidade de pessoas que comentaram, ou falaram que haviam lido. Pessoas de diferentes esferas de amizade que mantenho, sendo que essas esferas jamais se tocam sem atrito, no entanto todas elas respingaram aqui.

Mas eu vou mudar essa merda, porque eu reli o meu primeiro post e descobri q ele é muito legal. O resto tudo é uma porcaria, mas o primeiro é muito tri. Vou voltar a ter aquele espírito. Só não sei quando ainda. Talvez leve alguns meses.

E viva a gargalhada feroz, a lágrima do palhaço, a insígnia do forasteiro, a solidão congênita, a embriaguez da indiferença, e os sonhos estrangulados.

Viva Envinyatar, Enkiduh e Eris.

21/02/2007

Quebre o Espelho.



“Já suspeitamos que, ao obrigar-nos a escolher entre a geometria e o caos, entre o Saber absoluto e o reflexo cego, entre Deus e o primitivo, essas objeções movem-se na pura ficção deixando escapar tudo o que nos é e nos será sempre dado, a realidade humana. Nada do que fazemos, nada daquilo com que nos ocupamos é da espécie da transparência integral, nem da completa desordem molecular. O mundo histórico e humano (ou seja, salvo um ponto no infinito como dizem os matemáticos, o mundo ‘tout court’) é de uma outra ordem. Nem mesmo podemos chamá-lo “o misto”, pois não é feito de uma mistura; a ordem total e a desordem total não são componentes do real, e sim conceitos limites que abstraímos, antes puras construções que tomadas absolutamente tornam-se ilegítimas e incoerentes. Elas pertencem a esse prolongamento mítico do mundo, criado pela filosofia há vinte e cinco séculos, e do qual devemos livrar-nos, se queremos deixar de introduzir, no que deve ser pensado nossos próprios fantasmas”, p. 90.

“Não existe saber que não tenha necessidade de ser retomado na atualidade viva a fim de sustentar sua existência. Porém não é essa existência que deve assegurá-lo integralmente. Seu objeto não é uma coisa inerte, cujo destino total ela deveria assumir. Ele próprio é ativo, possui tendências, produz e se auto-organiza – porque se não é capacidade de produção e capacidade de auto-organização, não é nada”, p. 110-11.



Cornelius Castoriadis,
Instituição Imaginária da Sociedade.