18/04/2009

KOESTLER, Arthur. O Zero e o Infinito (Darkness at Noon). Globo: São Paulo, 1964.

Rubachov, sobre a História:

“Um matemático disse, uma vez, que a álgebra era a ciência dos preguiçosos: não se conhece o valor de x, mas opera-se com ele como se o conhecêssemos. No nosso caso, x representa as massas anônimas, o povo. A política significa operar com este x sem se preocupar com sua natureza real. Fazer História é reconhecer x pelo que representa na equação”.

Rubachov sobre o socialismo:

“A política pode ser relativamente limpa nos espaços em que a história toma fôlego; nas curvas críticas não há outra regra possível além da velha regra: o fim justifica os meios. Introduzimos o neomaquiavelismo neste país; os outros, as ditaduras contra-revolucionárias, nos imitaram canhestramente. Fomos neomaquiavélicos em nome da razão universal – essa foi a nossa grandeza; os outros, em nome do romantismo nacional, que é o seu anacronismo. Eis por que no fim seremos absolvidos pela História: mas eles, não...”